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Símbolos, Mantras, Mudras e Orações


Os símbolos são representações de uma idéia. Enquanto o amor é representado por um coração e um livro representa a sabedoria, o cão representa a fidelidade e as moedas representam a segurança material. Todas as idéias que não possuem forma, podem ser representadas por um símbolo. E cada símbolo carrega em si a energia daquela idéia representada. Deus, por exemplo, é representado por um velhinho sentado num trono. Velho representando a sabedoria e o trono representando o poder. E assim como Deus, energia que é representada desta maneira para facilitar a compreensão e a aproximação, existem milhares de outros símbolos representativos tanto para as energias místicas quanto para qualquer outra idéia que não possua forma. O símbolo, desta maneira, é o artifício que nos aproxima tanto da idéia quanto da energia ligada a ela. Deste modo os símbolos podem funcionar como um talismã, ou seja, podem ser desenhados, imaginados ou evocados para que a energia daquele símbolo específico possa nos ajudar nos momentos de necessidade. Abaixo, como exemplo, vemos um Pentagrama de Proteção. Podemos usá-lo ao entrarmos em um ambiente desconhecido ou “carregado” para afastar as más energias. Ele pode ser desenhado no ar, com a ponta do dedo indicador ou a palma da mão, começando do lado esquerdo, debaixo para cima, e seguindo os pontos de um a cinco. Esse mesmo pentagrama, desenhado em outras direções, terá outros significados.



Pentagrama de Proteção.


Este símbolo também pode ser desenhado em uma folha de papel e levado na bolsa; pode ser desenhado nas janelas dos carros e das casas; ou ainda ser desenhado no peito ou nas costas de nossos entes queridos quando saem para a rua. Podemos também fortificar o símbolo pedindo proteção a Deus e aos anjos no momento em que estamos desenhando. Obviamente o símbolo ajuda a proteger no astral, mas as pessoas também precisam tomar seus cuidados na matéria. Pois proteger só no astral ou só na matéria estaremos protegendo pela metade. O ideal é cuidar das duas partes, o astral e a matéria juntos. Há inúmeras maneiras de se trabalhar com os símbolos. Como eles são uma representação figurada de uma energia, a intensão com que desenhamos os símbolos é fundamental para ativá-los.



Símbolo Ying-Yang.



O símbolo ying-yang é o símbolo da união das polaridades. Aqui no caso a luz e a escuridão. Vemos pelo desenho que além dos dois conceitos se mesclarem, temos um ponto de luz na escuridão e um ponto de escuridão na luz. Além disso os dois conceitos estão fechados dentro do círculo que é por excelência o símbolo da unidade. Este é portanto um símbolo de harmonia que faz com que todos os opostos possam interagir equilibradamente com o todo.




Símbolo da Cruz.


O símbolo da cruz está associado à fé cristã e ao sacrifício do Mestre Jesus para salvar a humanidade. Sendo um forte símbolo de proteção, ele está associado diretamente à figura de Jesus, energeticamente carregando todos os seus atributos e evocando todos os seus ensinamentos. É também um símbolo de força para enfrentar as adversidades da vida e um símbolo da ascensão espiritual.




Símbolo da Cruz Ankh.

O símbolo da Cruz Ankh é de origem egípcia e difere da cruz cristã pelo pequeno anel na sua parte superior. Conhecido como “a chave da vida” este símbolo é um dos mais antigos representando a espiritualidade. O círculo na parte superior representa a unidade do Universo e a cruz, a ascensão integrada a este todo. A energia do Ankh está ligada aos deuses do Antigo Egito e também aos faraós, sendo ainda um símbolo de força e poder.



Símbolos, podemos enumerar uma infinidade. Porém o seu uso é particular. E vai de acordo com a atração que sentimos por eles. Pois esse fascinio está nos ligando à energia primordial que eles representam. Além disso, o magnetismo é fundamental para que cada símbolo seja ativado para nós. Como as pessoas são diferentes, cada pessoa se sentirá atraída por um símbolo diferente. E a escolha certa de qual símbolo combina mais conosco, o nosso coração saberá fazer.

Os Mantras são os sons sagrados. A palavra Mantra é de origem sânscrita e significa “alavanca da mente” ( Man - mente / Tra - alavanca). Esses sons sagrados podem fazer parte de um poema religioso ou podem ser também sequências repetidas de orações. Essas sequências vocais repetidas formam “degraus” de energia que irão edificar os caminhos na direção da luz. Abraçados por várias culturas religiosas orientais, os mantras ajudam na interiorização e concentração durante o processo de comunicação com a energia central do Universo. Os mantras geralmente são cantados ou entoados de maneira alongada, para que o som possa vibrar. Eles podem ou não ser acompanhados por instrumentos musicais. Os mantras em geral são precedidos os finalizados pelo som “OM” que também se entoa de maneira alongada para que o som vibre.




Símbolo “OM”.



“OM”, o som imperecível,

a semente de tudo que existe,

Tanto o passado quanto o presente e o futuro,

são desdobramentos do “OM”

E tudo que transcende esses três reinos do tempo,

Também florescem desta vibração.”

Mandukya Upanishad


Dizem que “OM” é o som do nosso planeta e também o som da criação. E tanto os seres quanto todos os seus elementos, emitem esse som vibratório. Uma maneira de comprovar isso é ouvido um caramujo ou o som das conchas do mar. Desta maneira comprovamos que, bem baixinho, eles realmente produzem esse som. Algumas religiões também associam este som a Deus. Por isso “OM” é considerado um som sagrado. Acredita-se que ele contém todos os tons da mesma maneira que o branco contém todas as cores. Sua frequência, 32 oitavas acima, chega aproximadamente a 136.1 Hz e pode então ser alcançada pelo ouvido humano. O “OM” pode ser entoado para iniciar ou finalizar os mantras e seu símbolo pode ser usado como talismã de proteção e conecção com as forças universais.


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As mãos são as mais ricas ferramentas do corpo humano. Elas dão, recebem, curam e expressam as nossas energias não verbais. Da dança à linguagem de sinais, até o mínimo gesto de nervosismo, nossas mãos são um reflexo de nosso estado interior e inconscientemente podem revelar muito sobre a nossa natureza. E quando fechamos as duas mãos juntas, entrelaçando os dedos, se o polegar direito estiver por cima, a razão será predominante; se o polegar esquerdo estiver por cima será a intuição. Para um praticante da quiromancia, as linhas das mãos contam a história de nossas vidas, para um praticante de Reiki, as mãos restauram e equilibram a força energética natural de nossos corpos, para um praticante da reflexologia, as mãos são o microcosmo energético relacionado ao macrocosmo que seria o corpo inteiro. Os Mudras são posições das mãos que atraem uma determinada energia, gestos que nos conectam a nos mesmos e à energia curadora do Universo. Os Mudras são de origem oriental e carregam vários significados que por séculos vem sendo elogiados por seus efeitos benéficos. Cada Mudra carrega uma energia específica e cada uma delas nos ajuda a encontrar paz e equilíbrio. De acordo com a Yoga, cada doença provoca um desequilíbrio em vários elementos de nosso corpo, mas é possível trabalhar cada um desses desequilíbrios usando Mudras específicos e através de massagens. Massagens na ponta dos dedos aumenta a energia enquanto que a massagem na base dos dedos diminui.


Polegar - Ligado ao fogo, ao sol, à concepção, à ação, ao ego, à visão, aos olhos, à hipertensão e às febres.

Indicador - Ligado ao ar, a Júpter, à felicidade, ao trabalho, à espiritualidade, à mente, ao sistema nervoso e à memória.

Médio - Ligado ao éter, a Saturno, ao centro, à inteligência, ao conhecimento, ao toque, aos ouvidos, aos ossos, à garganta, à pele e ao equilíbrio.

Anular - Ligado ao terra, a Vênus, à segurança, à paciência, ao olfato, à nutrição, à disgestão e ao peso.

Mínimo - Ligado ao à água, a Mercúrio, às sensações, ao medo, ao paladar, ao sangue, aos rins e à criatividade.


Os Mudras podem ser usados durante a meditação, a oração ou aleatoriamente em momentos de necessidade. Podem ser feitos durante um minuto, mas no caso do uso conciliado à meditação sugere-se 5 minutos para cada mudra. Existem algumas variações entre a yoga, o busdismo e o hinduismo sobre a maneira de representar os mudras e existem uma infinidades deles. Aqui enumero 14 que me agradam muito e cujos benefícios são comprovados.




GYAN MUDRA


O mais importante dos mudras, conecta com o Universo e com a sabedoria. Facilita o estado meditativo.




AKASH MUDRA


Relacionado ao som. Ajuda a ouvir melhor e alivia dores de ouvido. Fortalece e energiza os ossos.




PRITHVI MUDRA


Fortalece e energiza nossa ligação com a Terra. Este é o Mudra das realizações.




VARUNA MUDRA


Fortalece e ativa a comunicação.





GARUDA MUDRA


Aumenta a intuição e equilibra a energia. Está associado aos pulmões e à circulação.




SEMPUTA MUDRA


Ativa a serenidade e o reconhecimento dos tesouros que possuímos.





APANA MUDRA

Ajuda a controlar atitudes negativas. Ajuda na digestão e desistoxicação.





GANESHA MUDRA


Fortalece, ajuda a enfrentar os problemas, dissolve a tensão, Fortalece o coração, os músculos e a confiança.






PRANA MUDRA


Estimula o chakra raiz, aumenta a força vital e a imunidade, revigora os músculos e reduz o nervosismo.






ANJALI MUDRA


Conhecido como o gesto da oração. Estimula o sistema imunológico e acalma a mente.






MATANGI MUDRA


Estimula o sistema digestivo e facilita a digestão.





PADMA MUDRA


Facilita a comunicação. Estimula a boa vontade e a afeição.






HAKINI MUDRA


Tonifica o cérebro, ativa a memória, concentra e facilita a respiração.






ABHAYA MUDRA


Controla o medo.



Orar. Christopher Penczak em um de seus livros, diz que esta é a maneira de falar com Deus, enquanto que meditar é ouvir a resposta. Já sabemos a respeito do poder da palavra e para que possamos obter algo, é necessário pedir. Como sempre existem vários caminhos para tudo nesta vida, o pedido por uma causa pode ser feito de várias maneiras. A prece recitada em palavras e os mantras são o nosso caminho verbal até as estrelas, tendo em conta que não são os únicos. Orar consiste em harmonizar a mente e o coração para que nossos desejos possam subir. Mas no caso das preces coletivas e dos mantras coletivos há que se ter cuidado. Uma vez que a prece coletiva está associada a entidades religiosas organizadoras ocidentais e o mantra coletivo está associado a a entidades religiosas organizadoras orientais temos que ter em conta até onde irá a distorção da causa original em favor dessas entidades. De novo estamos falando de energia e um grupo trabalhando junto obviamente gerará mais energia do que uma pessoa trabalhando sozinha. Entretanto, muitas dessas entidades organizadoras possui interesse pessoal e financeiro atrás do trabalho e muitas pessoas que se juntam nessas preces coletivas pregam o esnobismo espiritual de que a prece deles tem mais valor porque como eles são mais fervorosos, mais entregues, mais verdadeiros, dão mais dinheiro para as entidades organizadoras, frequentam mais e acreditam em Deus muito mais do que qualquer outro que está alí, só eles merecem as bençãos. Facilmente reconhecidos no grupo, esses são aqueles que dizem que Deus é deles e são os contra toda e qualquer prática energética que não seja ler a Bíblia, frequentar e pagar essa entidade organizadora. Entretanto, tanto essas pessoas quanto as entidades interesseiras não irá atrapalhar o nosso caminho pessoal de interiorização e canalização com o supremo se não deixarmos nos envolver por eles. Prece coletiva gera mais energia, mas não devemos nos esquecer que toda luz propagada gera uma sombra atrás de qualquer objeto que ela tocar. E se a entidade for extremamente interesseira e exigente no sentido financeiro; e os frequentadores possuírem demais essa qualidade do esnobismo espiritual e como vampiros sugarem a nossa energia e tentarem manipular nossa vida, o melhor que temos a fazer é nos afastar e nos contentar com o trabalho energético solitário. Fora as preces, temos muitas outras maneiras de orar e de buscarmos essa conecção astral. Uma vez que essa conecção é energética e conseguida principalmente através do sentimento puro em nosso coração, podemos orar cantando, dançando, atuando, tocando um instrumento musical ou fazendo qualquer atividade lúdica que nos dê prazer. A dança shamânica, que mistura elementos da dança do ventre, das danças sagradas e das filosofias do shamanismo tradicional e do sufismo, evoca as forças energéticas do Universo com o intuito de harmonizar os chakras, limpar a aura e elevar o pensamento, é outra forma de orar.





“Dancers Bending Down” de Edward Degas.


“Deus te respeita quando você trabalha,

mas sorri quando você dança .”

Pensamento SUFI


O sufismo e o shamanismo são práticas energéticas espirituais envolvendo elementos da magia, da religião, do canto, da dança e da filosofia com o intuito de se atingir o êxtase espiritual e o bem estar supremo. O shamanismo originou-se na Sibéria e o sufismo no Islão. Ambos se espalharam pelo mundo e se misturaram a outras culturas de maneira intensa. Hoje são duas práticas que podem ser encontradas em todos os lugares, porém de maneira bem diferenciada de um local para o outro, uma vez que a mistura cultural agregou novas práticas e conhecimentos aos conceitos originais.



Deste movo vemos que há muitas maneiras de se comunicar com a energia divina através de símbolos. Basta escolher a que mais nos agrada.

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